segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Tamanho 42 não é gorda

Em dias de férias, sol-praia-mar, sempre tem aquele momento pós-praia em que a gente tem vontade de deitar numa rede e ler um bom livro. No meu caso não havia rede, então eu ficava sentada na cadeira e colocava os pés em cima da mesa enquanto lia um livro que minha irmã trouxera (desculpe o tempo verbal pomposo) mas ainda não começara (denovo)a ler. Bem, antes de qualquer coisa, o livro era da Meg Cabbot.
Minha primeira experiência (como de qualquer outra menina da minha idade) com Meg Cabbot foi o eterno e infantil Diário da Princesa. Mesmo sendo o livro que conta a vida de uma princesa, o que acaba envolvendo aquela fantasia idealizada e babaca, a "protagonista" é uma azarada neurótica, feia e sem jeito, que tem medo de qualquer coisa que envolva atitude, logo, o livro acaba sendo um pouco interessante. idiotices da Mia Princesinha MongMas ainda assim é muito bobinho, porque a menina é novinha e tem medo de álgebra. Eu li os 3 primeiros livros da série, e quando, com 14 anos, fiquei empolgada com o lançamento do quarto livro, "A princesa à espera", me decepcionei por ficar irritada com as idiotices da Mia Princesinha Mongol Thermopolis e acabei decidindo que eu já tava crescidinha demais pra essas bobagens. Foi o fim de Meg Cabbot no momento.
Depois de um tempo, passeando por uma livraria descobri outro livro que me parecia interessante pela capa e pelo jeito como ele era contado, vi que era da Meg e por precaução li a contra-capa pra me certificar que aquilo não se tratava de mais um livro de uma adolescente tosca. O livro era "O garoto da casa ao lado" e era escrito em forma de e-mail. Bem, pelo menos a personagem principal tinha 27 anos e trabalhava em um jornal. Por mais que ela fosse colunista de moda um jornal que se equipara com o Jornal da Comunidade (nada contra os colunistas de moda, nem do Jornal da Comunidade), ela era um pouquinho mais bem resolvida que a Mia inhainhainha Thermopolis. Acabei lendo o diabo do livro e gostei como quem gosta de admirar as nuvens, ou seja, bem sem muito compromisso. Tirando a parte em que protagonista conhece um vizinho gostoso que escreve pra um jornal bem mais decente que o dela e que acaba se apaixonando por ela e pelo seu jeito "legal", além de ser um macho alfa na cama e pedir ela em casamento com um anel Tiffany's. E nessa parte que a literatura de Meg Cabbot desponta como realismo fantástico e sem a menor conexão com o real. Enfim...
Já conhecendo o estilo da escritora que gosta de mesclar personagens fracassadas com situações cotidianas e acontecimentos lindos e tão idealizados que eu fui ler o "Tamanho 42 não é gorda", mais uma vez, procurando apenas entretenimento. Eu reclamo, reclamo e reclamo, mas sempre me divirto com esses livros bobões. "Tamanho 42..." conta a história de uma ex-pop star, que ao exigir cantar suas próprias composições é expulsa da gravadora. Logo em seguida encontra uma outra pop star com a boca na botija de seu namorado (literalmente) e sua mãe foge pra argentina com seu dinheiro. Ou seja, por ser uma fracassada, Heather Wells vai trabalhar em um alojamento para universitários da NYU (o livro peca nessa parte: eu estava procurando qualquer coisa que NÃO estivesse relacionado com faculdades) e começa a morar no apartamento do irmão de seu ex namorado, que por acaso é um gatão detetive particular e que ganha mais de 100 mil por ano. Realismo fantástico.
No desenrolar da história eu percebo que discordo com o ponto chave do livro: tamanho 42 é gorda SIM! Nada contra gordas, mas vamos encarar os fatos:
a)Heather Wells trata qualquer garota tamanho 36 como se fossem um amontoado de ossos dentro de uma calça jeans. Equívoco horrível, porque eu uso 36 desde 2004 e nunca fui magricela. Pelo contrário, sou super mediana, nem gorda nem magra, mas ainda assim o 36 cabe certinho em mim. E quem acha que 36 é coisa de magricela é gorda, com certeza.
b) 42 é a média da mulher norte-americana. E a mulher média norte-americana É GORDA.
c) Quem sonha com chocolates e pudins dia e noite tem, no mínimo, alma de gordo. Isso mais o fato de usar 42 mostra que a pessoa, na melhor das hipóteses, tá meio cheinha. Ou tem quadril largo... mas aposto na primeira opção.
Enfim... o livro é interessantinho e vale o tempo que consome. No fim das contas, esses livros da Meg Cabbot são quase de auto-ajuda, porque de tanto que a personagem se ferra, você vê que a sua vida ainda tem salvação. Mas não espere que um gatão apareça na sua vida tão por acaso assim...

5 comentários:

Zéder disse...

oii, aparecí por acaso.. uso 38 ou 40 também e me acho super mediano kkk
grande abraço :)

Vivian Resende disse...

Mesmo que eu emagreça horrores (o que não foge à minha necessidade), uma calça 36 em mim demandaria mais 50cm de comprimento, se não pelo menos uns 25. Não se pode ter mais de 1.70m e contar com uma calça de comprimento adequado. Meu sonho, aliás, é ter uma calça e dobrar a barra bem larga. :)

Zéder disse...

Oie Mariana,

Acho que eu te ví no carnaval. Você estava com uma blusa brilhante, lá no Galinho, segunda feira. Não foi? :)

Anônimo disse...

mari, eu nao me lembro a última vez que usei 36 (juro, deve fazer quase uma década), mas só colocando que, pra comparar seu tamanho com o tamanho "médio", seria justo conosco, mulheres que usam 42, se você também tivesse uma estatura na "média" (e você sabe que nao to te tirando nem nada do tipo...)! mas eu nem vou entrar muito no mérito porque, menha felha, to felizona, comprei uma calça 38 (38!!!!!!!) semana passada! o// santo spinning huahua
e muuuuuita saudade, fui no galois esses dias e nao te encontrei, merda!

Anônimo disse...

42 é gorda? onde? nada a ver o que vc tá falando. Faço musculação, tenho o corpo malhado e uso 42.